Novo sebo de Santa Maria promete atrair vários públicos

Bernardo Abbad

Novo sebo de Santa Maria promete atrair vários públicos
Fotos: Eduardo Ramos

Local que compra, vende e troca livros usados. Essa é a definição de um sebo. E Santa Maria acaba de ganhar mais um deles. O Sebo e Livraria Farol inaugurou no início de dezembro em uma sala acima do Mercado da Índia, no Calçadão Salvador Isaía. No amplo espaço, podem ser encontrados livros e até mesmo discos de vinil novos e antigos. Há até um dos mais raros deles: a compilação 1962-1966 dos Beatles. Mas o grande destaque são os mais de mil livros usados, que já passaram por outros leitores, que lotam as estantes. Há litertaura estrangeira, brasileira, infantil e também os últimos lançamentos do momento. Para o proprietário do espaço, o escritor e livreiro Felipe Nunes Limas, 25 anos, além de possibilitar acesso ao livro, o sebo tem uma outra função muito especial: revelar pequenos tesouros.– Infelizmente, o livro no Brasil ainda é uma coisa muito cara. As livrarias são muito importantes, mas é preciso pensar em qual parte do público vai ter acesso. Com o sebo, temos a oportunidade de colocar livros mais baratos à disposição e fazer eles circularem. Tem outra coisa muito legal que é a história do livro. É incrível abrir um livro e ver dedicatórias, recados e até mesmo fotos de antigos donos das obras que talvez nunca vamos encontrar – fala Felipe.

O jovem proprietário do Sebo e Livraria Farol com um exemplar de seu autor preferido.

O Sebo e Livraria Farol surgiu por intermédio de Antônio Medeiros, proprietário do Sebo Camobi, antiquário que existe há mais de sete anos. Felipe trabalhava no local e, como o espaço acabou ficando pequeno para a quantia de livros disponíveis, surgiu a ideia de criar um novo sebo. Assim surgiu o Farol, que, inclusive, abriga parte do acervo do Sebo Camobi. Conforme Felipe, o nome vem com a ideia de iluminar o caminho para a cultura.

– Eu sempre fui consumidor de sebos, meu primeiro emprego foi em um. O Antônio é uma pessoa muita aberta à ideias novas e agitação cultural. Ele foi o responsável por trazer essa ideia de abrir um novo espaço. E está sendo ótimo, pretendemos crescer muito – conta o proprietário.

Felipe diz que o movimento de clientes tem sido melhor do que o esperado, principalmente pelo fato de o público inicial ser o já consolidado pelo Sebo Camobi.

– Embora o local seja meio escondido, está sendo ótimo. Temos grande público desde a inauguração. O espaço é grande, então estamos estudando a possibilidade de também fazer lançamentos de livros de autores regionais, e uma seção só pra eles também. O céu é o limite, estamos abertos a diversas possibilidades – finaliza Felipe Nunes.

Aos interessados em levar livros, para que sejam disponibilizados no sebo, há três modalidades: a doação, a troca por outros livros do acervo, ou a compra dos livros pelo sebo.

Os “Felipes” dividem o espaço, que promete mais atividades para o público diverso que encontra livros de todos os gêneros literários, discos e até mangás e gibis

DE STEPHEN KING AOS X-MEN

Junto ao amplo espaço, funciona um outro empreendimento: a Guilda Geek Odisseia Ronin. Separada apenas por um corredor, trata-se de uma espécie de seção do sebo reservada para o público geek e apreciador da cultura japonesa. Quem comanda o espaço é Felipe Dutra, 27 anos. Conforme ele o espaço é mais que uma loja, mas também, um lugar para as pessoas se ambientarem e terem novas experiências. HQs, mangás, estátuas, uma TV com exibição de animes, e até jogos de vídeo-game e de tabuleiros podem ser encontrados pelos nerds na Guilda Geek.

– O Antônio é nosso patrono. Ele recebeu o nosso projeto, viu potencial em Santa Maria, que é uma das cidades mais geeks do país, e sugeriu de dividirmos esse espaço com o sebo.

Na seção voltada ao público nerd, há relíquias e lançamentos de grandes sagas como Watchmen e Batman

Felipe Dutra reforça a importância de espaços que gerem experiências à comunidade geek. Ele menciona que, apesar de uma sociedade cada vez mais digital e individualista, ainda há a procura por espaços e momentos de convivência.

– Nós vemos isso em eventos como o Shin Anime Dreamers. Os nerds querem usar seus cosplays, estar com pessoas que compartilham os mesmos gostos. Aqui na Guilda Geek Odisseia Ronin, nós pretendemos dividir jornadas com o público geek. O público está comparecendo e tem elogiado o ambiente. Estamos na fase de divulgação ainda, mas queremos que as pessoas venham para as exibições de animes e para jogar com os amigos, por exemplo.

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